segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

A letra "d"; especulações políticas republicanas

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Fonte: http://copstein.blogspot.com/ - 20.12.2009 - 14h34


A letra "d"


Jayme Copstein



Parece que a possibilidade de Aécio Neves compor como vice a chapa de José Serra para a presidência da República, não agrada ao PT. Alguém me fala de três grandes riscos para a carreira política de Aécio, se ele aceitar a candidatura. Fiquei surpreendido e admirado pela súbita preocupação com o futuro do atual governador de Minas, partindo de quem partiu, mas segui com atenção o raciocínio: a) Serra perde a eleição, apaga-se politicamente e leva Aécio com ele. b) Serra ganha a eleição, faz um mau governo, apaga-se politicamente, leva Aécio com ele; c) Serra ganha a eleição, faz um bom governo e se reelege, Aécio fica oito anos na "regra três", como Marco Maciel ou José Alencar, e se apaga politicamente.


Mas há uma letra "d" na equação: Serra se elege, faz bom governo, se reelege, continua a fazer bom governo, elege Aécio que também pode se reeleger e o PT fica 16 anos fora do governo. Esse é o problema de Lula. E também do preocupado cidadão – "apolítico", ele faz questão de frisar – com o destino de Aécio

Letra "e"

Contudo há uma letra e) na equação política. Na euforia que cerca os índices de crescimento no Brasil, há nítida confusão entre economia (o todo) e mercado (uma parte), Que temos um mercado de consumo nada desprezível (quase 200 milhões de habitantes) e um mercado financeiro deveras atraente, graças aos juros elevados, provam os copiosos investimentos estrangeiros que mantém a bolsa em efervescência e a moeda norte-americana lá embaixo. Basta que se inverta o binômio para o castelo de cartas desabar. Analistas dizem que crescem as probabilidades de tal acontecer em 2010 ou, no máximo em 2011. Aí, esteja Serra ou Dilma na Presidência da República, vamos todos comer o pão que o diabo amassou.
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