domingo, 6 de dezembro de 2009

Dezembro 5: lembrar D. Pedro II


Túmulo de D. Pedro II do Brasil, na Catedral de São Pedro de Alcântara, Petrópolis, RJ, Brasil
-----
Em 5 de dezembro de 1891, no Hotel Beddord, Paria, faleceu o segundo Imperador do Brasil, D. Pedro II, deixando, uma vez que, banido do país pelo golpe republicando de 15.11.1889, nunca renunciou ao Trono, como Imperatriz de jure a Princesa Isabel.
Dele o mundo falou assim:
* o mais ilustrado monarca do século (New York Times)
* Numa outra era, e em circunstâncias mais felizes, ele seria idolatrado e honrado por seus súditos e teria passado a história como Dom Pedro, o Bom (The Herald)
* reinado foi sereno, pacífico e próspero (The Tribune)
* Até novembro de 1889, acreditava-se que o falecido Imperador e sua consorte fossem unanimemente adorados no Brasil, devido a seus dotes intelectuais e morais e seu interesse afetuoso pelo bem-estar dos súditos […] Quando no Rio de Janeiro ele era constantemente visto em público; e duas vezes por semana recebia seus súditos, bem como viajantes estrangeiros, cativando a todos com sua cortesia (The Times)
* Ele mais parecia um poeta ou um sábio do que um imperador, mas se lhe tivesse sido dada a oportunidade de concretizar seus vários projetos, sem dúvida teria feito do Brasil um dos países mais ricos do Novo Mundo (Weekly Register)
*ele foi efetivamente o primeiro soberano que, após nossos desastres de 1871, ousou nos visitar. Nossa derrota não o afastou de nós. A França lhe saberá ser agradecida (Le Jour)
* era culto, ele era patriota; era gentil e indulgente; tinha todas as virtudes privadas, bem como as públicas, e morreu no exílio (The Globe)
É de 1914 o famoso discurso de Rui Barbosa, um republicano de primeira hora e o que ordenou o banimento do Imperador:
"A falta de justiça, Srs. Senadores, é o grande mal da nossa terra, o mal dos males, a origem de todas as nossas infelicidades, a fonte de todo nosso descrédito, é a miséria suprema desta pobre nação. […] De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto. Essa foi a obra da República nos últimos anos. No outro regime, o homem que tinha certa nódoa em sua vida era um homem perdido para todo o sempre, as carreiras políticas lhe estavam fechadas. Havia uma sentinela vigilante, de cuja severidade todos se temiam e que, acesa no alto, guardava a redondeza, como um farol que não se apaga, em proveito da honra, da justiça e da moralidade."
O "outro regime" era a Monarquia, o Imério do Brasil. A "sentinela vigilante", era D. Pedro II. Palavras de Rui Barbosa!
-----
Comento: Que esta figura impar da nossa História - a quem sucederam. como Imperadores de jure do Brasil, a Princesa Isabel, D. Pedro de Alcântara, D. Pedro Gastão e, agora, D. Pedro Carlos do Brasil - ilumine, já não este nosso presente trevoso, mas o Futuro próximo vindouro que nosso País merece.

Nenhum comentário: